Física Maníacos

Física Maníacos

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

POR QUE O SOM DA NOSSA VOZ SAI DIFERENTE AO OUVIRMOS EM UMA GRAVAÇÃO?

Quem nunca ouviu sua voz em um gravador e achou que aquela voz não era sua? Geralmente não gostamos de como sai o som da nossa voz através de um gravador, mas agora você vai entender porque a nossa voz sai assim, ou se ela realmente é assim.

Primeiramente, é sabido que o som precisa de um meio para se propagar.
O ar é um meio do som se propagar, e quando ouvimos alguém falar conosco, estamos ouvindo sua voz através da sua propagação no ar. Agora quando ouvimos a nossa própria voz, estamos ouvindo ela se propagar pelo ar e pelas estruturas que existem dentro da nossa cabeça (ossos, músculos, líquidos…), ou seja, ela se propaga por vários meios diferentes ao mesmo tempo e não apenas pelo ar como na primeira situação, e isso trás uma mudança de como você a ouve. A situação é a mesma de quando você conversa com outra pessoa debaixo da água, a voz deste(a) está diferente do que você está habituado a ouvir, porque o meio por onde o som está se propagando é diferente.

Quando falamos em um gravador e ouvimos a nossa voz através dele, estamos a ouvindo apenas através do ar, assim como as outras pessoas que nos ouvem, por isso, para elas, a sua voz continua a mesma, mas para você, o registro não corresponde a sua própria voz

Fonte: http://curiofisica.com.br/voz-diferente/

Por que parece que estamos dançando em câmera lenta na boate ?

O motivo disso são as luzes estroboscópicas (aquelas luzes brancas que acendem e apagam rapidamente) da boate. Você parece estar em câmera lenta. Mas, porque isso ocorre?

As luzes estroboscópicas (LE) são caracterizadas pela emissão de pulsos de luzes em intervalos de tempos regulares, ou seja, ela acende e apaga em intervalos de tempos iguais.

Quando uma pessoa esta dançando e você a observa, você vê apenas parte do movimento devido o piscar da LE. Este fenômeno está ligado á fisiologia do olho e se explica pelo fato de que em um curto intervalo de tempo em que luz se apaga, os seus olhos não conseguem se acostumar com a baixa luminosidade, portanto não conseguimos enxergar nada quando a luz esta apagada, isto é, a pupila não consegue dilatar para enxergar adequadamente no escuro em um intervalo de tempo muito pequeno.

Devemos lembrar também, que só conseguimos ver algo, quando este está refletindo luz para os nossos olhos, ou seja, você só consegue ver um objeto porque a luz bate neste e reflete para o interior dos seus olhos. Então concluímos que quando não há luz, não podemos enxergar nada. Daí vem aquela celebre frase, “o escuro é a ausência de luz”.

Resumidamente, quanto menor o intervalo de tempo entre o acende e apaga da LE, menor o tempo que temos para ver uma pessoa realizando um movimento completo, dando assim a sensação de que estamos em movimento de câmera lenta
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Para quem não conhece uma luz estroboscópica :



Fonte: http://curiofisica.com.br/camera-lenta-na-boate/

A FÍSICA E O CARRO DE FÓRMULA-1

A fórmula-1 é um dos "esportes" que sem dúvida movimenta mais dinheiro durante o ano. Para se ter uma idéia, estima-se que o carro da Stwart, aquele que fora pilotado por Rubinho em 1999, valha algo em torno de 900 mil dólares. E isso é só o carro, soma-se a este valor o salário do piloto, as concessões de transmissão pela TV, propagandas, transporte para os vários circuitos espalhados pelo mundo...

Porém, para que tudo corra bem durante a corrida, o carro tem de estar muito bem preparado, pois as leis da Física com certeza estarão atuando. Afinal, elas não podem tirar férias e nem favorecer esta ou aquela equipe! A saída é procurar tê-las como aliadas. E isso é feito através do design do carro, das condições de temperatura e umidade no momento da corrida, direção do vento...

Ao longo deste texto, apresentar-lhes-ei algumas curiosidades da relação entre as leis da Física e a F-1.

A Física já começa mostrar sua força na largada, quando a velocidade dos carros é ainda muito baixa, pois eles partiram de um estado de repouso. A velocidades pequenas, o ar que corre por baixo do veículo é muito lento. Como conseqüência, a pressão sobre o carro não é suficientemente grande para mantê-lo estável na pista (esta pressão sobre o carro é tratada como downforce pelos especialistas). Associado com a super-tração fornecida pelo motor, o carro patina de um lado para o outro. Repare esse efeito no momento da largada!

Isso poderia ser reduzido fazendo-se algumas adaptações no carro, mas a FIA estabelece algumas regras como (altura, peso, largura, distância entre eixos...). Aí já temos uma curiosidade: quanto mais comprido for o carro, menor será o efeito da transferência de massa, efeito esse que após uma grande reta ou durante uma curva poderia fazer que o mesmo capotasse.

Outra curiosidade, o carro "sofre ataque" de acelerações de até 5g no momento em que faz uma curva a alta velocidade! Puxa!!! Este valor é tão razoável, que na freada ao final de uma reta, lágrimas do piloto podem sair espontaneamente e atingir o visor do capacete! A tontura e perda de sentido são, também, reflexo de acelerações ou desacelerações intensas. Para suportar tanta aceleração sem se movimentar, o piloto é preso por um cinto de seis pontos apertados ao máximo suportável por ele.



Para manter esta grande bala com rodas, toda a atenção deve ser voltada para a aerodinâmica do carro. Para isso, as suspensões tem um desenho em forma de asa de avião invertida, aumentando a pressão sobre o carro. Acredita-se que 2% da força aerodinâmica seja proveniente deste fato. Tudo é verificado, a inclinação do bico e das asas são muito importantes. E acredite, tal inclinação induz a presença de uma downforce muito grande. Tão grande, que dentro do bico do carro temos uma terceira suspensão, mais rígida e "inteligente" que as duas normais, responsável por entrar em ação para evitar que o carro seja esmagado contra o solo! O termo "inteligente" usado há pouco faz sentido. São conjuntos de molas, ligas, juntas e outras "parafernalhas" que são segredo de cada equipe. Daí ficarem escondidas dentro do bico do carro.

Embaixo dos carros, existem uma espécie de "ventuinha" – na verdade muito mais que isso – cuja função é jogar o ar que passa por baixo do veículo a uma velocidade ainda maior para trás. A pressão embaixo do carro diminui e ele acaba sendo comprimido sobre o solo, estabilizando-se.

Os freios são acionados pelo próprio piloto e tem que ser feito com muito cuidado para não travar as rodas. Pois, assim sendo, o coeficiente de atrito com solo diminuiria. Estragaria o pneu e o carro poderia sair tangente à um ponto na curva.

Outra força muito importante é a força de arrasto. Essa força de arrasto é aquela responsável por "segurar" o carro enquanto ele se desloca. Uma duplicação na velocidade do carro, implica numa força de arrasto quatro vezes maior. É como se o ar possuísse mãos e segurasse o carro. Esta força é proporcional à velocidade. É por isso, que ele atinge mais facilmente a velocidade de 150 Km/h do que vai daí à marca dos duzentos e tantos quilômetros horários.

Um carro de F1 atinge atinge, aproximadamente, 156 Km/h apenas de primeira marcha! Gasta ao redor de 15,2s para ir de 0 a 320 Km/h! Em algumas equipes, a inclinação da asa traseira é ajustada automaticamente, para se adaptar à força de arrasto e agir bravamente para que o carro não levante vôo numa curva!

Mais uma curiosidade; as marchas são trocadas automaticamente, através do comando do piloto num circuito eletrônico que fica sob o volante. São pequenas alavancas e botões comandando uma supermáquina. O piloto deve ficar atento também ao sentido do vento. A equipe monitora-o o tempo todo. Se o vento estiver à favor do movimento do carro, o veículo pode ter limite de rotações do seu motor atingido ao final de uma reta, o que é muito arriscado. Deve-se evitar trabalhar na situação limite para reduzir o desgaste de peças.

A massa carro + piloto + combustível também é limitada pela FIA. Quando cheio, os carros da F-1 podem carregar algo ao redor de 115 -125L, tendo um rendimento que dificilmente supera 1,9 Km/L. Também, para produzir tanta potência! Durante períodos de chuva, em que um ritmo melhor é exigido, esse rendimento aumenta um pouco.

O painel de controle é composto de algumas luzes indicadoras de possíveis problemas em vários sistemas. Mais uma vez, molas, alavancas e luzes auxiliam o piloto.

Observe ainda durante uma corrida, que os olhos do piloto ficam quase no nível da carroceria do carro. Também não precisa mais, dizem os pilotos. Eles tem como referência os contornos das pistas e os retrovisores.

E assim um carro vai para a pista. Eletricidade, magnetismo, forças de atrito, pressão, alavancas, molas, suportes, massas, ótica, inércia.... que estresse heim!!!??? Que nada. É por isso que durante todo o ano os engenheiros ficam atentos ao comportamento do carro. Numa reta ou numa curva, a alta ou baixa velocidade. O desprezo de uma dessas variáveis pode significar a perda completa do controle do carro e ir parar na grama ou na caixa de britas, antes do muro de pneus... isso se o coeficiente de atrito ajudar!


Fonte: http://www.vestibulandoweb.com.br/fisica/f1.htm